Logística

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Redução de Custos

quarta-feira, 1 de julho de 2015

A importância do Home Center para a logística da construção civil e a importância da logística para a operação dos Home Center.



Os Setores de Construção Civil e a Agricultura detentores do título dos maiores contratadores de mão de obra devem cada vez mais trilhar o caminho da industrialização e da automação dos seus processos. Isto porque o desenvolvimento das formas de trabalho associado ao avanço dos sistemas computacionais tem possibilitado e facilitado à automação, gerando certo deslocamento do perfil da mão de obra.

A automação do trabalho de uma forma geral é contida somente por barreiras econômicas. Enquanto o maior benefício for contratar mão de obra esse avanço será lento. Com a mão de obra tornando se mais culta e crescendo seu cabedal técnico o passo seguinte será a automação do processo é a padronização na construção e na produção dos componentes. Vale aqui a regra do Henry Ford, “Você pode escolher qualquer cor do carro, com tanto que seja preto”. Ou seja, produção seriada, padronizada e em escala. 



Na foto, pode-se ter ideia de padronização da construção, no Japão, onde os módulos básicos são sobrepostos. Fica a ressalva que apesar do processo da construção no Japão ser bastante industrializado, também se verifica a atividade artesanal na construção civil.

Enquanto a automação, convive com processos artesanais, no Brasil, a Construção deve buscar a Movimentação de Materiais de Forma Mecanizada. Isto representa a utilização cada vez maior de gruas, guindaste e empilhadeiras. Da mesma forma que a automação demanda uma maior padronização, a mecanização demanda o desenvolvimento do conceito de unitização de carga. 

Considera-se unitização de carga o acondicionamento de produtos em embalagem, como saco, caixa ou caixote. A junção destas embalagens em paletes ou contentores, tanto rígido como flexíveis, ou lingados, que utilizam cintas de poliéster e a conteinerização, em contêineres aeronáuticos (IATA) ou marítimos (IMO) também é unitização de carga. 
Essa carga unitizada, por sempre representar um maior volume deve ser movimentada por equipamentos mecânicos. Esse é o patamar da maioria das empresas do setor. As empresas de construção, que por motivo de escala ou econômicos que não conseguem operar com os equipamentos de movimentação, utilizam mão de obra intensiva, buscando a eficiência e a eficácia, para conseguir produtividade. 

A ênfase que pode ser dado neste modelo de operação é o da ergonomia. Na produção industrial os princípios da ergonomia estão sendo mais aplicados do que na construção civil.Um estudo realizado por DÍAZ MERINO, (Universidade Federal de Santa Catarina) permitiu verificar que existe uma série de efeitos tanto agudos quanto crônicos, provocados pelo levantamento e transporte manual de cargas. Foi possível verificar, através do exame médico, realizado no estudo de caso, que 67,8% dos trabalhadores avaliados apresentam problemas crônicos, com deformações da coluna, e que 71,4% destes apresentaram problemas agudos, com dores ou desconfortos na região lombar. 

O comportamento de diversos governos, incluindo o Brasil, sobre qual deve ser o peso que deve ser manuseado em atividade de trabalho, foi discutido. Neste ponto, encontra-se uma série de divergências quanto aos limites. No Brasil, assim como na maioria dos países, existe uma carência de leis e normas rígidas, que regulamentem este tipo de atividade. 

Não existem especificações nem detalhes precisos, quanto aos pesos e limitações que devem ser respeitados. Também faltam regulamentações, quanto a doenças ocupacionais provocadas por estas atividades, sobretudo, no caso de lesões na região lombar, especificamente na coluna vertebral. O quadro superior apresenta um critério para avaliação das unidades de carga com movimentação manual.

A algum tempo, houveram iniciativas para redução do peso dos sacos de cimento para 25 kg. Infelizmente a proposta não decolou. Ficaram mantidos os sacos de 60 kg, peso este provavelmente oriundo das sacas do café do período colonial onde a mão de obra escrava movimentava a mercadoria nos portos brasileiros, principalmente no porto de Santos. 

Apesar do avanço das forças produtivas, ainda hoje, estamos vivendo um momento de desenvolvimento que combina os processos automatizados, mecanizados e com a de mão de obra intensiva. Cada um dos setores da construção civil devem mesmo buscar a melhor adequação do seu nicho de mercado, que por vezes ainda é a produção de forma artesanal.  

Se for verificada a vantagem da mão de obra intensiva, ou o trabalho artesanal, então a ergonomia deverá ser avaliada de forma técnica e competente, pois a busca da produtividade jamais deverá acontecer com o sacrifício do trabalhador.


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